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Startup Verifact: prints podem provas de crimes cibernéticos 

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Com o objetivo de ajudar vítimas de crimes na internet, a empreendedora paranaense Regina Acutu aplicou seus conhecimentos em tecnologia para fundar a startup Vericaft 

Foto: Reprodução/ Instagram

Após passar por problemas pessoais envolvendo e-mails de trabalho, a mestre em inovação e tecnologia Regina Acutu descobriu que os prints de tela da plataforma não poderiam ser usadas como provas em um processo. Ela não tinha mais acesso à conta original de email e seu advogado a informou que apenas capturas de tela não seriam suficientes como evidências.

Anos depois, problemas similares surgiram enquanto trabalhava em uma empresa de tecnologia: ao produzir sites e plataformas para clientes, os prints e rascunhos que possuía não eram suficientes para provar que seu material intelectual não havia sido roubado, apenas transferido para outra pessoa.

Assim, Regina criou a Verifact, uma legaltech que tem como objetivo de registrar conteúdos da internet e provar sua anterioridade e veracidade, podendo transformar capturas de tela em provas legítimas. “Como a maior parte da nossa comunicação migrou para o digital, os conflitos também migraram”, explica. Segundo ela, tanto negociações trabalhistas quanto crimes de difamação, calúnia e mesmo de ameaça evoluíram para a internet, mas a justiça não acompanhou a mudança ainda.

“Como a maior parte da nossa comunicação migrou para o digital, os conflitos também migraram.”

Regina Acutu , co-founder da Verifact

Verifact: a startup dos prints auditáveis

Sediada em Maringá-PR, a Verifact é usada hoje por órgãos públicos como o TSE e o Ministério Público Federal, mas também é uma ferramenta acessível, feita para que qualquer pessoa envolvida em um processo judicial possa coletar provas, sejam advogados, empresas ou as próprias vítimas. Criando uma conta no site e comprando créditos nele, é possível acessar outras interfaces como WhatsApp, Instagram ou email. 

O material coletado não é apenas um print, pois contém o endereço online, quando foi acessado, por quem, horário de registro e outras informações técnicas seguindo sistemas forenses internacionais. “A plataforma registra informações que podem ser auditadas. Então, se houver questionamento na justiça, é possível comprovar que aquele conteúdo estava na internet, naquele site, em determinado dia e horário exato, e esse conteúdo se mantém preservado exatamente conforme foi coletado.”


A startup
tem como propósito beneficiar mulheres

Eleita uma das 100 Startups to Watch 2021, ranking organizado pelas revistas Época Negócios e Pequenas Empresas, Grandes Negócios, além de estar entre as Top 3 Legaltechs do Distrito AWARDS 2021, a Verifact tem como propósito reduzir crimes e denúncias na internet, especialmente de crimes contra mulheres. Segundo a multinacional Symantec, empresa de segurança na internet, o Brasil registrou cerca de 54 vítimas de crimes cibernéticos por minuto no ano de 2020, e os pedidos de ajuda à polícia aumentaram 80% durante o isolamento da pandemia. 

Em 2021 o stalking, prática facilitada e disseminada pela internet de seguir uma pessoa de maneira constante, ameaçando sua integridade física e psicológica, passou a ser considerado crime. Apenas neste ano, mais de 27 mil mulheres registraram boletins de ocorrência como vítimas dessa violação. 
Texto: Giulia Deker / Entrevistas: Patricia Travassos

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